Maternidades Ameaçadas, podcast da REMA
Em podcast, pesquisadoras reúnem histórias de mulheres que lutam pelo direito de exercer suas maternidades.
Mulheres que têm seus filhos retirados, mulheres desassistidas e humilhadas na gravidez e no parto, mães e familiares de jovens assassinados pela polícia ou encarcerados pelo estado. Mulheres que têm em comum a luta pelos direitos sexuais e reprodutivos, em particular, pelo direito de exercer as maternidades das mais diversas formas e em diferentes contextos.
A série “Transformando casos em causas”, do podcast “Maternidades ameaçadas”, compartilha histórias de mulheres, mães, lideranças, ativistas e profissionais que através de suas lutas, suas falas e de suas experiências têm transformado casos em causas políticas, evidenciando a recorrência da violência, do racismo e da desigualdade, mas também da potência de se unir coletivamente em causas comuns.
A cada 15 dias, um novo episódio vai apresentar essas histórias de luta e de luto. O episódio de estreia conta a história de Ivanir Mendes de Sousa, uma mulher negra, nordestina, que tem atravessado e experimentado diversas situações de violência de estado e que, a partir delas, nos ensina sobre resistência e cuidado.
O segundo episódio narra a experiência da Coletiva em Apoio às Mães Órfãs, que surgiu a partir da mobilização “De quem é esse bebê”, que aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em meados de 2017.
O terceiro episódio reflete sobre o protagonismo de movimentos de mulheres organizados na periferia de Brasília, no Distrito Federal, a partir da trajetória da liderança comunitária Alessandra de Oliveira Alvez.
Já o quarto episódio, que encerra a primeira parte da série do podcast, compartilha a saga de Renata Aguiar após o desaparecimento de seu filho mais velho em Queimados, na Baixada Fluminense, e alguns meses depois impactada com a notícia de que seu filho caçula também havia sido morto, desta vez por policiais.
O podcast é uma produção da Rede transnacional de pesquisas sobre Maternidades destituídas, violadas e violentadas (REMA), rede nacional e internacional de pesquisa, acolhimento e transmissão de saberes frente às violências e violações praticadas contra mulheres em suas diversas experiências de maternidades.
A rede reúne pesquisadoras vinculadas a diversas universidades do Brasil, entre elas, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (Unb), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Também do exterior, como a Universidad de Buenos Aires, na Argentina, e a Kennesaw State University, nos Estados Unidos. O financiamento é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através da Chamada Pró-Humanidades.
Os episódios estão nos tocadores de áudio, como Spotify e Deezer, também no site da REMA. Mais informações no site e no Instagram da REMA (@redematernidades).
Este texto foi escrito em coautoria entre Irene do Planalto Chemin e Mariana Pitasse.
Descrição da imagem: Capa do podcast Maternidades Ameaçadas: fundo roxo escuro, figura abstrata laranja de formato oval com espadas de São Jorge. O título do podcast está em laranja, assim como a logo da REMA. O título da série “Transformando casos em causas” em branco, assim como a logo do CNPq. Créditos: Mariana Pitasse e Alice Ohashy.