Boletim de Notícias – Acontecendo no Labirinto – Maio/2023
O Boletim de Notícias – Acontecendo no Labirinto chega a sua segunda edição. Ele tem por objetivo compilar e compartilhar as atividades coletivas e individuais das e dos integrantes do Laboratório de Estudos Socioantropológicos sobre Tecnologias da Vida – Labirinto, que está conectado ao Labjor (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo), no Nudecri/Unicamp (Núcleo de desenvolvimento da criatividade/Universidade Estadual de Campinas).
Reuniões do Labirinto
Desde sua origem em 2019, o Labirinto realiza mensalmente reuniões entre os seus integrantes. Em abril e maio deste ano de 2023 ocorreram duas reuniões internas, nas quais foram debatidas as pesquisas individuais realizadas no âmbito do laboratório. No final de maio, aconteceu um Encontro no Labirinto, com a participação especial de uma pesquisadora estrangeira (saiba mais detalhes neste Boletim).
Tese no Jornal da Unicamp
A tese de doutorado “Vida, escrita e transbordamentos: biografias e etnografia do rio Piracicaba”, desenvolvida por Fernando Camargo, foi tema de uma matéria publicada no Jornal da Unicamp, na edição 686 de maio de 2023. Fernando Camargo é doutor e pesquisador no Labirinto e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unicamp.
Aprendendo antropologia com Podcasts
Anita da Silva, Daniela Manica e Soraya Fleischer, pesquisadoras do podcast Mundaréu, publicaram o artigo “Sonoridade, escutas e aprendizados de antropologia com o uso de podcasts em sala de aula” no “Dossiê: Jogos de barbante, linhas, amarrações e outras figuras na composição de etnografias escritas e sensoriais” do v. 24 n. 64 da Revista Iluminuras.
Mulheres naturalistas
Fernanda Mariath, pesquisadora mestranda do Labjor, e Leopoldo C. Baratto, professor da Faculdade de Farmácia da UFRJ, publicaram o artigo “Female naturalists and the patterns of suppression of women scientists in history: the example of Maria Sibylla Merian and her contributions about useful plants” no Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine.
Contraceptivos Hormonais
Camila Pissolito e Daniela Manica, pesquisadoras do Labirinto, publicaram o artigo “Recusa e informação: os casos dos contraceptivos hormonais e seus efeitos colaterais” no v. 25 n.2 de 2023 da Revista Ilha.
Encontros no Labirinto
No dia 29 de maio aconteceu mais uma edição do Encontros no Labirinto, a primeira deste ano. O evento contou com a presença da pesquisadora convidada Marie de Lutz, do Geneva Graduate Institute. Marie de Lutz apresentou e conversou sobre sua pesquisa de doutorado “Coletores, corpos e territórios: o coletor menstrual como pretexto para a mudança social na Costa do Caribe colombiano”.
Prêmio da 4S
Em dezembro no ano passado, em 2022, Clarissa Reche, doutoranda e pesquisa no Labirinto, recebeu o prêmio “Outstanding Making & Doing Award” durante o encontro da 4S (Society for the Social Studies of Science), ocorrida em Cholula, no México. O prêmio foi dado à performance “No One Is Obliged To See: A Bloody Trap”, que trabalhou questões sobre corpo e diferença na produção de conhecimento científico. Segue a nota escrita por Emma Kowal, presidente da 4S sobre o prêmio: “Ninguém é obrigado a ver: uma armadilha sangrenta, de Clarissa Reche, consegue ser lúdica e fundamentada, convidativa e misteriosa, enquanto ela lida com o envolvimento dos etnógrafos com (e obscurecendo) as tecnologias indígenas de menstruação. Ela convida os espectadores a decretar sua agência, obrigando-nos a pensar sobre as implicações de saber e, consequentemente, não ser capaz de desconhecer. Somos confrontados pela experiência visceral e corporificada da menstruação, tudo animado por uma política de conhecimento feminista e decolonial. É uma delícia de se envolver, e nos pegamos pensando sobre isso, descrevendo-o para os outros e processando-o repetidamente. Uma armadilha sangrenta, de fato”.
Ética em pesquisa é tema de Aula Inaugural MDCC
No dia 27 de abril ocorreu a Aula Inaugural do Programa de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (MDCC) do Labjor/Unicamp. O tema “Diálogos sobre ética em pesquisa: experiências e desafios das ciências humanas” foi apresentado e debatido por Soraya Fleischer (UNB), Carolina Parreiras (USP) e Humberto Santana Jr. (CEFET/RJ). O evento foi organizado por Daniela Manica, atual coordenadora do Programa MDCC, e Kris de Oliveira, doutorando e pesquisador no Labjor. Para interessades, acesse a aula gravada.
“Ciências do Zika” é a nova série do Mundaréu
Entra no ar “Ciências do Zika”, a nova série do Mundaréu, um podcast de divulgação científica de Antropologia. São sete episódios semanais, lançados às segundas-feiras. Esta série é um dos resultados do projeto “Uma Antropologia da Ciência do Zika: resultados, retornos e epistemologias”, realizado por uma equipe de pesquisadoras do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília. Entre 2018 e 2022, 40 cientistas foram entrevistados em Recife e nas conversas no Mundaréu vão ajudar a contar como a ciência deu conta desta emergência sanitária. Acompanhe a série “Ciências do Zika”.
Disciplina Religiões de Matriz Africana
Humberto Santana Jr., pesquisador de pós-doutorado do CEFET/RJ, oferecerá disciplina no Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Unicamp no segundo semestre de 2023. A disciplina Tópicos Especiais em Antropologia – Religiões de Matriz Africana acontecerá às quintas-feiras, das 9h às 12h. Acesse aqui mais informações.
Armadilhas e Ciência
Clarissa Reche, doutoranda e pesquisadora no Labirinto, é a autora do post “Montando Armadilhas: Por uma Ciência Insurgente e Alegre”, que foi publicado no Platypus, blog do CASTAC (Comitê de Antropologia de Ciência, Tecnologia e Computação) da Associação Americana de Antropologia. O texto é um rascunho de ideias que estão sendo desenvolvidas durante a pesquisa de doutorado de Clarissa, em especial a ideia de armadilha como estratégia feminista e decolonial para estar e permanecer trabalhando em instituições acadêmicas. Você pode conferir o post aqui.
Patricia Hill Collins em aulas públicas
A socióloga, professora e escritora estadunidense Patricia Hill Collins está em São Paulo ministrando quatro aulas públicas e gratuitas no PPG em Ciências Sociais da EFLCH/Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), no Campus Guarulhos (SP). Collins é referência em estudos sobre o feminismo negro e interseccionalidade. A visita da pesquisadora entre maio e junho deste ano tem sido concorrida, tanto que o Teatro William Silva de Moraes está sempre lotado. Em uma breve apresentação vale destacar que Patricia Hill Collins é professora emérita da Universidade de Maryland (EUA). Entre as realizações de sua carreira, repleta de reconhecimento e prêmios, ela foi a 100ª presidenta da Associação de Sociologia dos EUA e a primeira mulher afro-americana a ocupar o posto. Adriana Silvestrini Santos, jornalista, mestra em Divulgação Científica e Cultural pelo Labjor e pesquisadora no Labirinto, está participando das aulas com a ilustre professora. Na primeira aula, intitulada “Por que feminismo negro?”, Collins trouxe também referências de mulheres negras brasileiras como Lélia González, Conceição Evaristo e Marielle Franco. Ela faz questão de falar de feminismo negro, além dos Estados Unidos.
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