Nas manhãs, tardes e noites dos dias 19, 20 e 21 de outubro pesquisadoras(es) de todo o Brasil apresentaram e discutiram temas científicos inovadores durante a oitava edição do Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC)*. Pelo segundo ano consecutivo, em função da pandemia de Covid-19, o encontro foi realizado de modo virtual. O evento é organizado pelo corpo discente do programa de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural (MDCC), do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor/IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O objetivo é promover debates relacionados à produção e divulgação de conhecimentos nas áreas de ciência, tecnologia e cultura. O tema deste ano foi Controvérsias: potencialidades e disputas em ciência, cultura e tecnologia.
Por que controvérsias? “As controvérsias permeiam praticamente todas as esferas da vida social… Considerando o fazer científico como prática privilegiada para se complexificar questões e tensionar lugares-comuns, pensam-se também as controvérsias como eixos potentes para refletir sobre a ciência, a cultura e a tecnologia – sobretudo em tempos de colapso sanitário, político, social e ambiental”, explicou os organizadores.
Nos três dias de encontro foram expostos 60 trabalhos acadêmicos, concluídos ou em andamento, produzidos durante o ensino médio (iniciação científica), graduação (iniciação científica ou trabalho de conclusão de curso), mestrado, doutorado ou especialização. Os estudos, divididos em 12 sessões, tiveram consonância com a proposta geral do evento e ao menos uma das quatro linhas de pesquisa do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp. São elas: Cultura científica e sociedade; Literatura, artes e comunicação; Informação, comunicação, tecnologia e sociedade e Percepção Pública da Ciência e Tecnologia.
Além das sessões de comunicações orais, o EDICC 8 promoveu três mesas redondas incríveis com convidados especiais. A mesa 1 In(corpo)rações controversas: entre biomedicinas e tecnologias do corpo contou com as e es palestrantes Ale Mujica Rodriguez, Fabíola Rohden e Mirani Barros, sob a mediação de Daniela Manica. A mesa 2 (Des)caminhos científicos, políticos e ambientais: pluralidade de conhecimentos na imaginação de novos mundos teve as palestrantes Gabriela Scotto , Jerá Guarani, Zaika dos Santos com mediação de Juliana Schober. E a mesa 3 Do silenciamento à divulgação: arte e conhecimento na (re)construção de memórias coletivas
com as palestrantes Anna Dantes, Pedro Henrique Müller e Déa Trancoso com mediação de Susana Dias.
Além disso, o evento também contou, pela primeira vez em suas oito edições, com a proposta política de incorporação de medidas para garantia de sua acessibilidade, como: o incentivo à autodescrição em áudio no início de todas as falas e apresentações; a tradução em libras na transmissão da mesa de abertura; e o uso de linguagem de gênero neutra nas plataformas, textos e comunicação do evento.

Em mundos controversos é possível alinhavar potencialidades contraditórias. Para comprovar a afirmação acima, aqui está o convite para acompanhar os gratificantes debates ocorridos nas mesas e nas sessões de comunicações orais. Durante duas semanas, após o evento, os links estarão disponíveis. Se você já viu, aproveita e veja de novo. Caso não tenha visto, a hora é agora!

*8º EDICC – Coordenação: Karina Francisco e Bianca Peter / Equipe organizadora: Adriana Silvestrini Santos, Ana Clara Andrade, Caio Chung Micca, Camille Bropp, Carolina Carettin, Enrico Cândido, Erick Teodoro, Evelin Fomin, Flora Villas Carvalho, Helena Ansani Nogueira, Maiber Pedroza, Malena Stariolo, Mariana Hafiz, Mônica de Oliveira Pasini, Néliane Catarina Simioni, Rafael Revadam, Rebecca Ribeiro Crepaldi e Sílvia Cipriano.

Legenda da imagem: Logotipo do 8º EDICC 2021
Créditos da imagem: Organização 8º EDICC 2021